-->

04/07/2017

Quando a amizade termina


Amizade é aquele tipo de relação que parece durar por toda a eternidade. Na maior parte das vezes,  pensamos que vamos envelhecer ao lado dos nossos e recordar vários momentos embaraçosos vividos em conjunto. Geralmente, temos mais facilidade em jogar-nos de cabeça numa amizade do que em um relacionamento amoroso, não é?



Well, eu já terminei amizades pelos mais variados motivos: por serem amizades tóxicas que me faziam mal, por desentendimentos,  ou por ideiais diferentes. Sim, aqueles que outrora eram os meus amigos hiper mega inseparáveis (inclusive se fores uma dessas pessoas HEY THERE OLD FRIEND), hoje não passam de contatos do Facebook ou pessoas a quem de vez em quando (quando a minha míopia não me prega partidas lixadas) eu aceno quando as encontro na rua. É, para mim parecia quase impossível, mas aconteceu. 

E,  assim como num relacionamento amoroso,  isso nem sempre quer dizer que deu tudo errado, que nunca foi uma amizade verdadeira. Significa que resultou o tempo que tinha que durar, e esse tempo acabou. Simple as that. 

Quando eu era mais nova (sinto-me uma idosa de 80 anos a falar sempre digo isto),  reagia super mal sempre que me chateava com uma amiga ou amigo. Era todo um drama mexicano que eu fazia em volta de algo que agora vejo como um acontecimento normal. A saudade fica, mas a gente aprende a lidar com isso e passa á frente.

Somos seres humanos, estamos sempre em evolução constante, e cada indivíduo muda e evoluí ao seu ritmo e à sua maneira. Às vezes os interesses já não são os mesmos e cada um precisa de trilhar o seu próprio caminho. Ou aquela amizade já não faz bem para um ou ambos e talvez seja melhor cada um ir para seu lado. É normal. Tudo tem um começo, um meio e um fim. Nada é para sempre: nem as coisas más,  nem as boas. Amizades terminam,  e está tudo bem. 

Sabem, ás vezes é como fazer uma espécie de limpeza ao guarda roupa. Retirar para fora todas aquelas peças que já não são usadas para ter novamente mais espaço para receber roupa novas.  Na vida é quase a mesma coisa,  às vezes precisamos de nos desapegar de algumas pessoas para conseguir seguir em frente e conhecer outras novas. E convenhamos, num mundo com cerca de 6,1 bilhões de pessoas,  isso não é de todo difícil, ahahah. 

And the best part: às vezes nem é um fim definitivo. Quem sabe no futuro, com as ideias mais assentes e maduras, ou caso os interesses se cruzem novamente,  não se inicie uma nova história? Isso já me aconteceu e foi muito bom.

So,  não fiquem completamente desesperados quando sentem que perderam a vossa melhor amiga forever ever (eu juro que não estava a ser irónica quando escrevi isso). Não coloquem toda a vossa felicidade em terceiros, esse é o pior dos nossos erros. A felicidade e o bem estar são coisas que devemos trabalhar de dentro para fora, nunca o contrário.  

A vida é assim mesmo,  dá umas voltas meio loucas.  Um dias estamos de uma forma, no outro já estamos numa situação completamente diferente e imaginável. E não me canso de dizer que isso é uma das coisas mais fascinantes de sempre.

***

Vocês têm facilidade ou dificuldade em superar o fim de uma amizade? Contem-me as vossas experiências!!  xx


12 comentários :

  1. adorei o texto mesmooooooooooo muito
    ando a ter pensamentos parecidos pois com a ida para a faculdade afastamo nos sempre um bocado dos nossos amigos mas ler o que escreveste foi tão reconfortante!!
    muitos parabéns e concordo com tudo o que disseste
    beijinhos

    https://umacolherdearroz.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  2. Ui, já perdi tantas, eu nem me importo assim muito agora. É a vida, uns vão, outros ficam e outros vem. Nada é para sempre, e se vocês acham que são os únicos a perder amizades, não se sintam mal porque NÃO são. O que vejo é que muitas amizades não resistem ao afastamento, até podem durar uns tempos depois das mudanças, mas ao fim... Oh pá, lei da vida.

    http://ocantinhodacate.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  3. Estou in love com esse testo! Estou passando por um momento como este e estou ficar bem :)

    ResponderEliminar
  4. Identifiquei-me tanto com este texto que até parece mentira. Tantas pessoas que eu pensava que iriam fazer parte da minha vida para sempre e do nada acabou tudo. Mas é assim a vida.
    GIULIETTA

    ResponderEliminar
  5. excelente texto e concordo 100% com o que falaste!
    ja comecei e acabei tambem inumeras amizades que pensava que seriam para sempre, mas às vezes as amizades nao resultam ou porque crescemos e percebemos que aquela pessoa ja nao é tão presente como era, que ja nao faz falta como fazia, que ja nao temos coisas em comum, que já é algo toxico ou simplesmente porque as pessoas se separam, escolhem caminhos diferentes e a vida é assim e nao temos que guardar rancor sobre isso.
    otimo texto sandra!!
    beijinhos,
    helena do Girly World
    http://www.girlyworld4girls.blogspot.pt/

    *Voltei agora recentemente ao blog depois de uma grande pausa, por isso não te esqueças de lá passar, vou adorar a tua visita! Beijinhos!*

    ResponderEliminar
  6. acho que nunca tive muito problema com términos, nem e amizades e nem de namoros, o começo é sim mais difícil mas depois aprendi que se a pessoa quiser ficar ela fica, e nós também não somos obrigados a nada, e se achou que foi melhor ir, resta aceitar e torcer pra que der certo... Adorei o seu post, gosto mto de ler posts assim, me sinto tão próxima <3
    beijo beijo
    Neoguedes

    ResponderEliminar
  7. Acho que tens aqui uma grande aprendizagem e é excelente que tenhas conseguido passar a olhar para esses términos de amizades como coisas normais que vão acontecendo, sem que isso tenha de ser um enorme drama! É um passo para a paz de espírito!
    Beijinhos
    http://wallflowerbyines.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  8. Bem, eu só tive uma grande separação e na altura foi muito difícil!

    Mas hoje, olhando para trás, percebo o quão inutil foi perder quase 1 ano da minha vida a lamentar-me por perder as minhas 'melhores amigas'

    Hoje sou muito mais seletiva nas pessoas em que confio e sinto que tenho amigos mais verdadeiros. O que não quer dizer que sejam para a vida, pode acontecer que percamos o contacto..

    Adorei muito o teu post, adoro a forma como escreves e abordas os assuntos!
    Beijinhos! Where I Belong

    ResponderEliminar
  9. Oi, Sandra!
    Cheguei aos meus 30 anos vendo muitas amizades chegando e partindo. É estranho, é doloroso; mas, como você disse, é a vida. Aos poucos aprendemos a lidar com tudo isso com mais serenidade. E é justamente esse amadurecimento que é o mais importante e fascinante!

    Beijos,

    Algumas Observações

    PS: Achei interessante como você se expressou quando escreveu "quando a minha míopia não me prega partidas lixadas". Nós não falamos assim aqui no Brasil (acho que aqui seria algo como "quando a minha miopia não me prega peça"). É muito interessante ler o seu blog e perceber as variações linguísticas na prática ♥

    ResponderEliminar
  10. Muitas das minhas amizades acabaram pelo desconforto que as pessoas traziam e também por cada seguir a sua vida.
    É estranho passar por pessoas que erámos super amigas e que parecia que não iámos viver uma sem a outra, mas que na verdade isso tudo já acabou.
    Isso tudo porque também crescemos.

    ResponderEliminar
  11. Ó São Lázaro, vós suportastes os sofrimentos da vida terrena com a certeza de alcançar a felicidade no céu;
    abre o meu coração à palavra de Deus na Bíblia e aos ensinamentos da palavra;
    dai-me um coração sensível às doenças e a miséria dos meus irmãos;
    abre meus olhos para ver e compreender aquilo que se diz por:
    “O que aqui se faz, aqui se paga”, é uma sentença falsa e enganosa, porque a justiça perfeita e definitiva só acontece quando estamos nos braços do Senhor.
    Ajuda-me a acreditar com firmeza na realidade do céu e do inferno, para que eu não venha a me arrepender quando já é tarde, como aconteceu com muitos.
    São Lázaro rogai por mim e por meus irmãos.

    ResponderEliminar
  12. Aiii, identifico-me tanto! Até ao meu 7°, era muito apegada às pessoas que tinha, aos colegas e amigos, mas agora reconheço o porquê: na altura, eu tentava encontrar nos outros a aceitação que precisava, sem desconfiar de que esse fator teria de ser trabalhado por mim e para mim. Durante imenso tempo, e até agora tho, mas já não com tanta frequência, eu também entrava em parafusos sempre que me chateava com alguém, mais porque achava que ela não merecia que eu estivesse chateada. Hoje, se sei que tenho razão, aponto o meu ponto de vista, chateio-me, mas acabo por fazer as pazes, apenas com quem merece a minha dedicação. Amo-me em demasia para permitir que voltem a pisar em mim como pisavam, daí ter construído uma casca contra ataques, mas que tem vindo a ganhar outras características, devido às pessoas maravilhosas com as quais a vida me presentou.

    Penso que varie bastante de mentalidade e de pessoa para pessoa. Eu jamais me envolveria com alguém com quem não pudesse partilhar o meu verdadeiro eu, e vice-versa. Seria impensável alimentar uma amizade onde não houvesse respeito, empatia, amor e dedicação, entre tantas outras coisas... Podemos até parecer selectivos com as nossas escolhas, mas isso só vem de quem se conhece bem e sabe o que quer das suas relações. Tudo o resto são debates! :P

    Beijinhos,
    LYNE

    ResponderEliminar